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sábado, 23 de setembro de 2017

Outubro Rosa

O movimento denominado outubro rosa teve início nos Estados Unidos em 1990, o nome foi devido à grande quantidade de exames realizados no mês de outubro, tanto nos Estados Unidos como em outros países. Trata-se de uma conscientização das mulheres no autoconhecimento do seu corpo, onde uma vez que o exame pode ser feito mesmo em casa com um pouco de conhecimento. Embora não seja o bastante para diagnosticar o câncer, como dito, trata-se de uma simples prevenção. Como diz o ditado “ cuidado nunca é pouco”.
O câncer em si, é uma doença extremamente nociva, e por tanto há um grande tabu em torno do mesmo. Muitas pessoas por não ter tido contanto com outras pessoas com a doença, não tem a mínima ideia de como é a doença, como funciona e como se trata. Por isso não pode deixar de conscientizar as pessoas nesse aspecto.
Além dos elementos fisiológicos que ocorrem no decorrer da doença, tem também os elementos psicológicos, que em sua gama são inimagináveis, pois nunca se sabe ao certo o quão afetará o paciente. De acordo com algumas mulheres que já fizeram o exame da mama (o preventivo e a mamografia), afirmam que se sentem mais seguras, pois o medo de perderem a mama, ou quando pela quimioterapia, os cabelos, são bem apavorantes. O medo na maioria dos casos serve como incentivo para a prevenção.
Agora referindo-se aos casos práticos, duas mulheres ao passar pela doença, e que também não haviam feito o exame preventivo, uma delas teve a doença em sua mama direita, tendo a mesma que retirar toda a mama, pois se não a câncer se alastraria pelo o corpo, sobrevivendo até mesmo a quimioterapia e todos os outros tratamentos. Se recuperou e voltara as atividades normais de sua vida cotidiana, mesmo não tendo mais a sua mama direita. O outro caso (manteremos o nome em sigilo para não afetar diretamente na vida das duas mulheres em questão) mesmo tendo o devido tratamento, essa por sua vez não precisara retirar a mama, mas seu organismo ao enfrentar a quimioterapia, teve um reagente e seu cabelo começou a cair até a mesma ficar completamente careca. Após uns anos a sua recuperação, a mesma veio a falecer, não se sabe ao certo se foi devido ao câncer ou outro elemento biológico.
O fato é, que cada um reage de uma forma ao se deparar com a doença, o que vai determinar o seu estado fisiológico como o psicológico. Se os dois estiverem devidamente equilibrados, será mais fácil passar pelos estágios do câncer, podendo assim alcançar até a cura da doença.
Então o movimento, acompanhado pelo símbolo do laço rosa e o mês de outubro, serve como um mês mundial de conscientização da prevenção do câncer de mama, tanto aqui no Brasil como em outros países. Os mesmos espalham por suas principais cidades a cor rosa como símbolo do movimento. Como no exemplo abaixo:




   

terça-feira, 21 de março de 2017

Arrependimento

Encolhida no canto da cama, chorando, com um ar de que não queria brigar por ciúmes. Ainda mais por causa de uns amigos de trabalho. Carlos, pegando suas coisas que estavam na cozinha, seu capacete, suas chaves que estavam na mesa, sua jaqueta e mochila, apenas se despediu e saiu pela porta sem dizer mais nada. Após toda aquela discussão. Liza, ainda aos prantos , resolve tomar um banho. 
Após o banho, ligou a televisão para tentar distrair a cabeça, mas não conseguia esquecer de Carlos saindo pela porta com tanta raiva e ciúmes. Liza acabou pegando no sono, na sala assistindo televisão. Um súbito barulho na cozinha acordou-lhe. Pensara logo mil coisas ruins que poderiam ser. Tateou as mãos à procura dos seus óculos na mesinha da sala, mas não os encontrou. Deve ter esquecido no banheiro. Decidiu levantar e olhar a cozinha. Não havia sinal de nada, nem de ninguém. Quando virou-se, havia uma figura de um homem, parado a porta, de costas para ela, tateou a mão na bancada a procura de uma faca, mas quando voltou para ameaçar o indivíduo com a faca que acabara de achar, já não estava mais ali, ele sumira. A porta estava entreaberta. Liza correu para a sala pegou o telefone e ligou para Carlos, só chamava, então ligou para seu pai, que logo chegou a casa dela, já que morava a três quadras dali. Com medo pediu para que seu pai dormisse com ela. Na manhã seguinte, descreveu aos policiais o que o rapaz misterioso usava: - ...Uma calça jeans surrada e uma jaqueta de couro preta... Não deu para ver seu rosto porque estava de costas. - Disse também que não lembrava muito bem de sua aparência, pois estava sem seus óculos. Contou-lhes apenas que parecia estar cabisbaixo e com os ombros caídos. Nesse momento o interrogatório foi interrompido pelo o toque do telefone de Liza. Era a mãe de Carlos… no meio da ligação, Liza, incrédula, se joga no chão aos prantos em desespero e desgosto… No telefone, a mãe de Carlos, em lágrimas, dizendo a hora e o local do enterro do filho.

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

O eu sou.

Eu sou aquele sentado a beira do mar, esperando o sol se pôr
Sou aquele que não tem mais caminho para andar
Vou em busca de sonhos
Que já não posso alcançar
Sou um homem perdido
Encolhido
No cantinho
Sou um homem extinto
Destemido
Existindo sem sentido
Sou aquele que um dia esperou
E determinou
Que seria assim sem retorno
Talvez meus versos acabaram
E agora não passa mais o tempo
E me limito ao tempo que passou
E talvez eu já não exista mais pra você
Sinto que estou sumindo aos poucos
Mas parece que você já percebeu
Você já não está mais aqui
Onde foi?
Já não tenho mais rimas
E desolado sem rimas
Perco a intensa paixão por viver
...

domingo, 31 de julho de 2016

Não levante da cama.

Certa noite estava eu ali, sentada na cama, olhando fotos antigas, como costumávamos fazer antes dele partir. Ao ver ele na foto uma lágrima escorreu pelo meu rosto. Pensei ter ouvido um barulho de passos na cozinha, fiquei assustada óbvio, estava completamente sozinha. Não sou muito corajosa, mas usei a coragem que ainda me restava, e levantei da cama para olhar. O local estava como de costume, normal e sem ninguém aparentemente. Voltei para o quarto e as fotos estavam jogadas no chão.
Tenho certeza de ter deixado-às em cima da cama. Como foram parar ali? Quando me debrucei para apanha-las, senti uma respiração profunda e lenta que vinha do canto da cama. Ao olhar para o canto da cama não vi nada. Apanhei as fotos e resolvi guarda-las, mas algo estava errado, a do Pedro não estava mais ali. Quando olhei no chão para ver se achava, senti outra vez a respiração profunda e lenta, mas dessa vez pude senti-la perto do meu pescoço. Percebi na hora, não me lembro de ter sentado desse lado da cama, esse lado é do Pedro. Foi quando eu ouvi uma respiração profunda, só que mais lenta, mais fraca, e que já não pairava sobre meus ombros, e de repente ela cessou. Fiquei a noite toda em um silêncio absoluto... Não consegui dormir naquela noite!
Quando a porta da sala abriu sai em disparada para os braços de Pedro, o choro escorria pelo rosto, não consegui explicar o que acontecerá.
Até hoje Pedro não consegue mais viajar a trabalho e me deixar sozinha, acho que ele não viu a sombra que estava no quarto ao lado da cama.

Quem está ai?

Hunny? Pode me ajudar?
Está escuro aqui, tem uma presença ruim aqui, posso sentir.
Hunny, que nome é esse?
Por que falei seu nome? Quem é você?
Hunny me perdoa, eu sei que só quer ajudar.
Você sabe do que eu sou capaz? Sabe mesmo do que sou capaz?
Não pense que você pode escapar de tudo isso! Você já não tem saída faz tempo. Só precisa olhar atentamente ao seu redor.
Medo? Você está com medo?
Esse homem preto não pode te tocar. A menos que eu peça. Seja bom Hunny.
Sabe o que te assusta Hunny? É não saber. Sabe quem está atrás de você Hunny? Hunny?
Onde você foi Hunny?
Não disse que iríamos jogar?
Hunny, você está escondido?
Apareça Hunny, é hora de brincar!
Sinto você cada vez mais perto. Bem perto. Consegue me sentir, cada vez mais perto? Sim Hunny, achei você.
Está com medo? Mas eu mandei o homem preto ir. Agora só tem eu, você... E... Espera quem está aí? Quem é você? Não faça isso! Não sou ruim! Só estava brincando!
Oi Hunny! 👤

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Qual o preço do silêncio?

 Esse menino não tinha voz, sequer emitia algum tipo de som. Sua boca nunca precisara ser usada antes, pois não entendia qual o sentido de sua existência.
O maior problema era o quanto ele sabia. Todo seu conhecimento, sua experiência, seus pensamentos e segredos guardados dentro de si e que nunca seriam exposto.
Pobre menino, mal sabia ele que seu grande sonho poderia virar seu grande pesadelo. Mas que mal faria algumas palavras? Que mal faria alguns segredos?
Em vez de ir procurar a cura para o seu mal, ele passou a observar as pessoas que possuíam algum domínio da fala.
Quanto mais observava, mais entendia que ninguém possuía tal domínio…

O tempo passou e um belo dia o homem, que deixara de ser menino, pensou ter adquirido o dom da fala. De tanto observar os outros falando, o homem decidiu então abrir sua boca e falar tudo que vinha a sua mente. Dali em diante nunca mais se viu tal homem. Exato! Sem vestígios ou pistas o homem simplesmente desapareceu. Nem ao menos uma carta escrevera… Ninguém sabe ao certo, como ou porque o homem sumira. O que se sabe é que sumiu. Nem ao menos sabe-se quantos segredos ou experiências ele passara aos demais homens, apenas que suas últimas palavras foram… O silêncio é gratuito!

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